O Alzheimer, pelo paciente
(Arthur Rivin)
O Alzheimer, pelo paciente
Arthur Rivin foi clínico geral e Professor Emérito da Universidade da Califórnia, e conta o processo de desenvolvimento da doença, dos sintomas ao diagnóstico, e como sua rotina mudou. Estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos, mas demorou a suspeitar da sua própria aflição. Após o diagnostico, conseguiu determinar que o inicio acontecera dez anos antes, quando estava com setenta e seis anos. Presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisou do manual para fazer as apresentações. Começou a esquecer nomes mas não fisionomias e como esses lapsos são comuns em pessoas idosas não se preocupou. Nos anos seguintes passou por uma cirurgia das coronárias e teve dois pequenos derrames celebrais. Seu neurologista atribuiu o problema aos derrames, mas sua mente continuou a deteriorar. O golpe foi quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava, levantou-se para agradecer e não conseguiu dizer uma palavra. Seu clínico geral realizou uma série de testes de memória e pediu uma tomografia PET, que diagnostica a doença com noventa e cinco por cento de precisão. Começou a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais mas seu médico insistiu em não parar a medicação. Os efeitos foram diminuindo e acrescentou outro medicamento, Namenda. Esses remédios não surtem nenhum efeito em muitos pacientes, ele foi um felizardo. Em dois meses sentiu-se muito melhor e quase voltou ao normal.
Demoramos muito para compreender esta doença desde que
Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido. Hoje sabemos que esse material é o acumulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. As placas de amiloide podem ser detectadas
apenas numa autopsia, assim são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença e não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos que afeta uma a cada oito pessoas com mais de sessenta e cinco anos e quase metade dos que tem mais de oitenta e cinco.
Mas podemos aprender a amenizar esse mal, por exemplo:
faça uma lista de insights para compartilhar com outras pessoas que também tem problemas de memória, tenha um caderninho para anotar as coisas que quer se lembrar depois. Quando não se lembrar de um nome peça que a pessoa repita e anote.Leia, faça caminhadas. Dedique-se a algo que goste, desenho, pintura. Faça quebra cabeças e jogos. Organize seu dia. Adote uma dieta saudável, e principalmente não se afaste dos amigos e familiares.
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