Da Revolucao Industrial Inglesa ao Imperialismo
(Eric Hobsbawm)
A Revolução Industrial
Dizer ao certo onde começou a chamada Revolução Industrial ou
“evolução acelerada” foi algo que durante muito tempo integrou os
historiadores, porém Eric Hobsbawm em seu livro “A Era das
Revoluções: 1789-1848” defende a data de 1780 para o inicio do
que chamou de a maior revolução da historia no mundo.
A Revolução Industrial nada mais foi que uma profunda mudança
tecnológica no meio de produção da sociedade inglesa que a partir
daí dar-se inicio a uma nova relação entre o termo que surge
chamado de capital e o modo de produção que foi implementado. A
principal mudança se deu no meio agrícola onde a agricultura não
será mais o motor da sociedade e sim o trabalho por meio de
máquinas que gera uma acumulação de capital.
A Revolução Industrial trouxe consigo a centralização do
processo produtivo mas mãos de uma pessoa que será o patrão,
onde o objetivo será a obtenção de lucro. Entre esses meios de
processos os trabalhadores terão que a controlar máquinas, o
trabalho realizado por esse meio ficou conhecido como
maquinofatura.
O processo que desencadeou essa revolução foi o aumento das
cidades que cada vez precisavam de têxteis – que tinha um
desenvolvimento lento – alimentos e bebidas, cerâmicas e outros
produtos de uso domestico, daí surgiram as primeiras industrias por
volta de 1840.
A industria que logo se destacou foi a de algodão, já que este era
a principal matéria-prima dos ingleses, logo foi vista como parte
principal para a criação de novas tecnologias, onde surgem a
máquina de fiar, o tear movido a água, a fiadeira automática e logo
mais tarde a máquina de fiar a motor. Porém o algodão não era
nativo da Inglaterra, provinha das expansões colonialistas.
O crescimento da industria algodoeira foi tanto necessária para
abastecer as demandas e gerou o capital que a Inglaterra precisava
para sua revolução, que segundo o autor faz uma alusão a
Revolução Francesa, logo que que também foi de caráter econômico
e social.
Também, outras pequenas coisas contribuíram aos poucos para
a mudança dos modos de produção como uma mair utilizacão do
ferro como a pudelagem e a laminação, mais um ponto que não
pode ser deixado de lado e o fato do investimento estrangeiro na
Inglaterra, pois a maiorias dos países ainda estavam se
recuperando das guerras napoleônicas e pediam empréstimos a
Inglaterra para sua recuperação.
O autor busca traçar o ímpeto da industrialização que considera
o principal, a mão-de-obra, a Revolução Industrial alterou
profundamente as condições de vida do trabalhador braçal,
provocando inicialmente um intenso deslocamento da população
rural para as cidades, quanto mais gente para trabalhar, maior será o
lucro, principalmente nesse período que as populações se
avolumaram em torno das fabricas, criando assim verdadeiras
cidades sem infra-estrutura para comportar tanta gente em um
pequeno espaço, esse é o que chamamos de transferência de
recursos econômicos.
A verdadeira revolução se deu no campo social e não
tecnológico, pois foi na mudança de vida das pessoas que marcou a
transição de um modelo agrário e dependente da terra, para algo
que impulsionasse para uma evolução, porém nem toda evolução e
benéfica, não que a revolução industrial não tenha sido, digo que
com ela surgiu problemas que antes não era possíveis, considero
com a leitura desse texto fica claro que neste ponto da história um
novo caminho se abre, caminho esse que até hoje esta sendo
traçado seja através de varias variantes da revolução industrial ou
da cibernética, mas o impacto que a revolução na Inglaterra cousou
foi única, novos conceitos surgiram como proletariado, capital, maisvalia
e tantos outros agregados ao socialismo fruto das
desigualdades desse modelo de produção.
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