Crivella defende entrada da Venezuela no Mercosul



O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), em discurso no Plenário nesta quarta-feira (31), defendeu a entrada da Venezuela no Mercado Comum do Sul (Mercosul) como forma de estimular o desenvolvimento das Regiões Norte e Nordeste e garantir fortalecimento do continente sul-americano. Mensagem do Poder Executivo nesse sentido foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara há duas semanas. Após a conclusão da tramitação naquela Casa, a proposta segue para o Senado.

Crivella destacou ainda que, se o Brasil tentar um projeto de desenvolvimento isolado, esquecendo a potencialidade de um "mercado integrado, favorecido pela proximidade geográfica e pelas afinidades culturais", dificilmente será bem sucedido.

O parlamentar se posicionou contra a opinião do senador José Sarney (PMDB-MA), que em discurso anterior condicionou a aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul à apresentação de garantias de que Hugo Chávez, presidente do país, não o levará rumo ao autoritarismo. O Mercosul foi criado quando Sarney presidia o Brasil.

- O acordo é nacional, entre Brasil e Venezuela. Os homens passam - defendeu Crivella.

A proposição de um programa energético comum aos integrantes - Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Equador; o planejamento comum de indústrias básica, siderúrgica e metalúrgica; e o planejamento e efetivação de programa comum de infra-estrutura, na opinião de Crivella, deve ser incentivado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador afirmou que o Mercosul deve seguir o Tratado de Roma, o início da atual União Européia, "de real interesse dos povos, não apenas das elites européias", para assim fugir do "ciclo de especulação improdutiva", um verdadeiro "câncer" no Brasil.

Gás

Outro ponto abordado por Marcelo Crivella foi a decisão da Petrobras de reduzir o fornecimento de gás natural a distribuidoras no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ele anunciou ter apresentado requerimento pedindo informações ao presidente da Petrobras e ao ministro de Minas e Energia sobre o assunto e suas implicações.



31/10/2007

Agência Senado


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