EDUARDO DEFENDE ZONEAMENTO DA AMAZÔNIA E CENTRO-OESTE PARA EXPLORAR POTENCIAL AGRÍCOLA
A comparação entre a safra agrícola brasileira do ano passado, de 82,5 milhões de toneladas, 9,8% superior à de 1998 segundo o IBGE, e a norte-americana, que alcançou quase 500 milhões de toneladas, fez com que o senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) defendesse a necessidade do conhecimento efetivo da Região Amazônica e do Centro-Oeste para que se promova a ocupação agrícola em bases sustentáveis nessas regiões. - Se o dado pode ser considerado auspicioso devido ao pequeno aumento sobre o ano anterior, é imperioso admitir que se trata de uma produção medíocre para um país de imensas possibilidades como o Brasil - afirmou. Para Eduardo Siqueira Campos, tal diferença deve-se muito mais à não-ocupação de terras agricultáveis de que dispõe o país do que à produtividade. Ele defende a idéia de que a ocupação para produção agrícola de apenas 20% da região Amazônica e do Centro-Oeste resultaria em 120 milhões de hectares de terras produtivas. Embora reconheça que essas regiões abrigam ecossistemas compostos de áreas frágeis e intocáveis, Eduardo Siqueira Campos observa que não se trata de sistemas homogêneos, havendo áreas plenamente apropriadas ao uso sustentável para a agricultura.A experiência realizada no Tocantins, primeiro estado, segundo informou, a concluir o zoneamento econômico e ecológico - estudo para identificação de características do solo e do meio ambiente - é apontada pelo senador como um esforço que tem repercutido no aumento da safra estadual.- É urgente que trabalho semelhante seja concluído em toda Amazônia e no Centro-Oeste e que, a partir dele, possam ser definidas as ações necessárias à ocupação produtiva e sustentável do país - defendeu.
11/02/2000
Agência Senado
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