Jarbas Vasconcelos aponta reforma política como "mãe de todas as reformas"



Depois de conquistar o voto de 2.031.261 eleitores (56,14% dos votos válidos) no pleito do último domingo (1º), o senador eleito por Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB) deve assumir seu mandato, em fevereiro de 2007, empunhando a bandeira da reforma política como "a mãe de todas as reformas". Se o Congresso não se dispuser a aperfeiçoar a legislação eleitoral e político-partidária logo no início da próxima legislatura, Jarbas adverte para o risco de perda de rumo na atuação do Legislativo federal.

- Não dá para o Congresso funcionar na base do 'toma lá, dá cá' - afirmou em entrevista à Agência Senado.

Apesar do desgaste sofrido pela classe política, o peemedebista está confiante que cada parlamentar eleito ou reeleito estará empenhado em resgatar, com trabalho e iniciativa, a imagem do Congresso. Observou ainda que a população está atenta à nova composição do Congresso e que a atuação da mídia foi fundamental para divulgar eventuais desmandos no Legislativo.

Na sua opinião, a retomada da discussão sobre a reforma política deve passar, necessariamente, pela adoção do financiamento público de campanha e defesa da fidelidade partidária. Jarbas também considera importante inserir nesse debate o voto distrital e a manutenção dos atuais parâmetros da cláusula de barreira, que impede representação na Câmara dos Deputados ao partido que não alcançar votação mínima exigida pela Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9096/95).

Quanto às demandas de Pernambuco, Jarbas chamou atenção para o desnível existente em relação a estados do centro-sul do país e se disse disposto a unir forças com os senadores pernambucanos Marco Maciel (PFL) e Sérgio Guerra (PSDB) em defesa dos interesses do estado. No momento, Jarbas está envolvido no segundo turno das campanhas para governador de Pernambuco e presidente da República.

Essa não foi a primeira disputa de Jarbas ao Senado. Em 1978, candidatou-se pelo então MDB e enfrentou dois adversários da Arena, Cid Sampaio e Nilo Coelho, que concorriam pela sublegenda (lista de candidatos de um mesmo partido em disputa por um mesmo cargo majoritário em eleições durante o regime militar). Embora tenha recebido 48,6% dos votos à época, seus oponentes ganharam a eleição ao obter 38 mil votos a mais.

03/10/2006

Agência Senado


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