João Pedro cobra do PSDB alto nível de debate sobre a CPMF
O senador João Pedro (PT-AM) dirigiu ao PSDB, nesta segunda-feira (5), apelo para que mantenha em "patamar elevado" o debate em relação à proposta de renovação da CPMF. A solicitação, em Plenário, foi feita em pronunciamento em que citou reportagem publicada nesta data em O Globo, que assinala que parte do PSDB, junto a outros grupos de oposição, considera como melhor estratégia manter posição contrária à CPMF com a intenção de "desorganizar" o governo mediante o esvaziamento dos cofres federais dos R$ 160 milhões que a cobrança do tributo renderia nos próximos quatro anos.
Depois de registrar que a Executiva do PSDB vai se reunir nesta terça-feira (6) para mais uma rodada de discussão sobre a emenda constitucional que renova a CPMF, ele disse que o partido tem a obrigação de conduzir o debate com a responsabilidade de quem criou o tributo quando foi governo e pelo conhecimento que tem sobre a importância das receitas geradas pela contribuição para as políticas públicas, como a área da saúde e o Programa Bolsa-Família.
- Nós precisamos ter um olhar nessa discussão que não se encerre na política. Precisamos ser grande e ter um olhar de Estado. Não podemos diminuir esse debate nem minimizar a importância desses recursos para brasileiros vítimas de processos seculares e históricos e que hoje recebem o Bolsa-Família - apelou.
João Pedro aproveitou ainda para assinalar que a discussão sobre um possível terceiro mandato para o presidente Lula está retirando o foco do debate sobre a CPMF, na sua visão a questão que verdadeiramente interessa ao país. O senador disse que o debate sobre o terceiro mandato não foi posto em cena nem pelo PT nem pelo presidente Lula, mas pelo próprio PSDB. Criticou os que cobram que o presidente venha a público para negar interesse em mais um reeleição, a seu ver uma proposta sem razão diante das convicções democráticas de Lula.
- Se ele não tivesse esse comportamento de estadista, ele aceitaria esse terceiro mandato, mas ele é um grande brasileiro e um grande político. Setores de nossas elites políticas não aceitam esse homem do Nordeste como presidente da República, mas ninguém pode duvidar da linha de comportamento do presidente que defendeu as eleições diretas, a democracia e as liberdades - disse.
João Pedro também registrou visitas feitas a comunidades do interior do Amazonas, nas quais, como afirmou, ouviu apelos para a implantação nos locais do programa Luz no Campo. Na sua avaliação, não tem faltado recursos para tal objetivo, mas capacitação gerencial das equipes responsáveis.
05/11/2007
Agência Senado
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