Marisa Serrano condena uso das enchentes como arma política e prega união



A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) pediu, nesta quarta-feira (3), uma reflexão dos políticos para que "algo positivo" possa ser tirado dos desastres decorrentes das chuvas no Brasil e do terremoto no Haiti, como a forma de preveni-los, no caso das enchentes, ou de minimizar seus efeitos, no caso do terremoto.

Marisa Serrano manifestou sua contrariedade com o uso das enchentes como arma de disputa política, quando governo e oposição deveriam estar unidos para ajudar a minorar as perdas e o sofrimento das vítimas. Para ela, o momento exige ações positivas, com a apresentação propostas técnicas e união de recursos orçamentários. Além da realização de obras de prevenção contra as cheias, a senadora apontou a necessidade de reordenação da ocupação urbana e do esclarecimento da população tanto sobre a ocupação de áreas de risco, como sobre a importância da limpeza das ruas para o bom escoamento das águas pluviais.

Marisa Serrano cobrou do governo federal, "além de um pouco mais de recursos", a disponibilização de técnicos específicos que possam trabalhar junto com as prefeituras e governos estaduais nas áreas atingidas pelas enchentes, "sem nenhum viés político-eleitoral". Ela também defendeu o estabelecimento de prioridades pelos órgãos públicos.

- Mais importante que gastar bilhões em obras eleitoreiras, é conservar a vida das pessoas que vivem em áreas de risco e resolver os problemas decorrentes dessa situação - disse.

Monarquia

Marisa Serrano também manifestou a sua preocupação com a atitude do governo Lula em relação à preservação das instituições democráticas. Segundo ela, a posição do governo em relação aos estados e municípios que precisam de apoio, "sempre é feita como se o país vivesse uma monarquia, onde o rei vive alheio aos problemas do povo". A senadora assinalou que o governo não é do presidente Lula, mas dos brasileiros.

A parlamentar também criticou o fato de o presidente da República vetar parte do Orçamento da União de 2010, votado pela Câmara e pelo Senado, e permitir a continuidade "de obras superfaturadas, ilícitas e criminosas".

Marisa Serrano também lamentou a morte da coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Dra. Zilda Arns, no Haiti.

03/02/2010

Agência Senado


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