Para Ruben Figueiró, só a boa política é capaz de levar à superação de problemas



O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS), em discurso nesta sexta-feira (25), em que manifestou-se sobre o significado da “boa política”, feita com desprendimento, sob princípios democráticos, disse ser esse o único caminho capaz de levar à superação dos problemas que afligem a sociedade.

- Devemos refletir sobre o significado da boa política, aquela feita com desprendimento de espírito, defendendo as grandes causas, sem oportunismo, com os olhos mais voltados para os verdadeiros valores do espírito público e menos para os ganhos eleitorais – disse.

Ao relembrar as manifestações populares de junho, o senador afirmou que os brasileiros estão questionando a política em sua essência, colocando em dúvida a sua capacidade de promover a superação de adversidades. Segundo disse, o homem comum tem, cada vez mais, rejeitado as instituições democráticas, pois não enxerga nelas força para resolver seus dramas e anseios.

Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, disse Figueiró, são vistos como castelos inacessíveis; há cobranças sobre o modelo de funcionamento das instituições, que dão a impressão de estarem voltadas para si mesmas. Os partidos, frisou o parlamentar, transformam-se apenas em siglas partidárias, sem substância programática, sem definição ideológica, não havendo mais quem diferencie atos e palavras, gestos e intenções, vontades e fazeres, numa grande crise de representatividade e governabilidade.

Assim, disse ainda o senador, a política transforma-se numa massa homogênea, estigmatizada por uma sociedade carente de agenda e liderança, querendo que tudo se solucione como num passe de mágica, flertando muitas vezes com regimes fortes ou com o populismo autoritário.

Por isso, o parlamentar ressaltou a importância do modelo democrático, onde se pratica a boa política, ­feita sem personalismo, mais coletiva e menos individual, mais aberta e menos exclusivista, na qual o desejo da maioria predomine sobre a vontade de uns poucos.

- Precisamos nos reaproximar desse modus operandi político, revalorizando a política que se preocupa com as grandes causas e menos com os temas paroquiais – declarou.

Para ele, sem a prática política, não há como resolver as questões de desigualdade, da violência, das carências da educação e da saúde. O processo político deve ser essencialmente democrático, para que o exercício da cidadania encontre o estuário das soluções de seus problemas e estabeleça as bases de uma sociedade desenvolvida, lastreada nos direitos humanos e no bem estar geral - disse ainda.



25/10/2013

Agência Senado


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