Roberto Cavalcanti critica declarações de Nobel da economia



"A quem interessam as declarações do senhor Krugman, a que interesses escusos poderia ele estar servindo ao tentar manipular o mercado, no momento em que houve enorme correria para se tentar abafar eventuais repercussões com a crise de Dubai, paraíso de investidores norte-americanos". A pergunta foi feita pelo senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), que demonstrou sua indignação com o fato de o economista Paul Krugman ter alertado para o fato de o fluxo de dólares para o Brasil ser uma bolha especulativa.

O economista, depois de declarar que tem aplicações em fundos que investem na moeda brasileira, manifestou sua intenção de se desfazer de suas posições por considerar estar havendo um otimismo exagerado com a economia brasileira. Roberto Cavalcanti opinou que uma pessoa pública como Krugman, que já recebeu o Nobel da economia, não pode ser "leviano" e tecer considerações que poderão interferir junto aos investidores do mercado global.

O senador pela Paraíba também criticou observação feita recentemente pelo professor Sebastian Edwards, da Universidade da Califórnia, que num seminário realizado em Buenos Aires, na Argentina, disse que "o entusiasmo dos investidores reflete uma percepção de curto prazo, mas o Brasil não manterá esse desempenho sem uma evolução produtiva e de inovação". O professor completou que a qualidade da educação brasileira é "deplorável" e que os obstáculos burocráticos aos investimentos são ainda maiores.

- Mas a notícia que nos deixa esperançosos com relação ao futuro do país parte do coordenador-geral do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), Andreas Schleicher. Diz ele que o grande desafio para os sistemas de ensino é diagnosticar as falhas e ajudar os alunos a melhorarem. Acrescenta que, apesar de o Brasil precisar superar o abismo da falta de qualidade, comparando os últimos cinco ou seis anos, fazemos mais avanços do que Chile, México e a maioria dos países do continente americano - afirmou Roberto Cavalcanti.

Na avaliação do parlamentar paraibano, o momento é mais de confiança nos destinos do país do que de previsões catastróficas. Ele reforçou sua tese ao expor previsão do economista-chefe do Citigroup para a América Latina, Alberto Ades. Segundo o economista, a economia brasileira crescerá 5% em 2010, com inflação de 4% e superávit comercial de US$ 14 bilhões.



07/12/2009

Agência Senado


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