Sebastião Rocha admite clonagem terapêutica



A clonagem com objetivo terapêutico de órgãos e tecidos a partir de células como as do cordão umbilical poderá ser discutida pelo Senado ainda neste ano. A possibilidade está prevista em emenda do senador Sebastião Rocha (PDT-AP) a projeto de lei de sua própria autoria destinado a disciplinar a questão no Brasil.

O texto original da proposta proibia todos os tipos de clonagem - tanto a reprodutiva, que possibilitaria a geração de seres humanos, quanto a terapêutica, por meio da qual pode-se tornar possível a cura de doenças. O autor reviu sua posição para que as pesquisas não sejam interrompidas.

- Parece-me que não há nenhum conflito ético ou religioso quando se utiliza um cordão umbilical de um recém-nascido para, a partir de células chamadas tronco, se clonarem tecidos para transplantes ou reposição de pele, músculo ou osso - afirma Rocha.

O senador disse considerar delicada a questão da clonagem a partir de embriões, uma vez que, nesse caso, o embrião deveria ser sacrificado. Na sua opinião, isso equivaleria à realização de um aborto, pois o embrião estaria em -uma fase latente da vida-. Para ampliar a discussão do tema, Rocha tomou, no primeiro semestre deste ano, a iniciativa de promover, no Senado, o Seminário sobre Clonagem Humana, ao qual compareceram médicos, cientistas, religiosos e juristas.



24/09/2002

Agência Senado


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