Em entrevista à TV Senado, professor alerta sobre falta de segurança na exploração de petróleo em águas profundas



Não basta dominar a tecnologia de exploração do petróleo em águas profundas, é preciso também desenvolver tecnologia de segurança a fim de evitar acidentes como o que ocorreu no Golfo do México, na plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum. Quem faz essa advertência é o professor Marcel Bursztyn, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista concedida ao programa Agenda Econômica, da TV Senado.

No programa, que vai ao ar neste final de semana - sábado (5), às 16h30 e 21h30, e domingo (6), às 2h30, 11h30 e 22h00 - o professor lembra que, após o acidente na Deepwater Horizon, ficou claro que as empresas não sabem como resolver problemas gerados a partir da exploração de petróleo em águas profundas. "A regulação deste setor terá de ser bem mais rigorosa e específica, pois as empresas terão de comprovar que de fato dominam também a tecnologia de segurança", alerta. Esse cuidado, para ele, também deverá ser adotado com relação à exploração de petróleo da camada de pré-sal no Brasil.

Na entrevista, o professor aborda também outras questões relacionadas ao meio ambiente como coleta e reciclagem de resíduos sólidos, tratamento do lixo e desmatamento na mata Atlântica e na Amazônia.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve uma queda de 50% no desmatamento na Amazônia, entre 2008 e 2010. Apesar disso, Marcel Bursztyn disse não haver nenhum motivo para se comemorar, pois, segundo lembrou, o que se está reduzindo é o ritmo do desmatamento. Para ele, o que precisa ser feito é interromper completamente o desmatamento. A entrevista foi concedida aos repórteres Helival Rios e Davi Emerich.

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04/06/2010

Agência Senado


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