Iris de Araújo quer dar capacitação profissional e cidadania aos carentes



A senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) fez nesta sexta-feira (28), em Plenário, uma advertência ao governo: não basta dar alimentos às pessoas carentes, e o Programa Fome Zero precisa libertar os brasileiros da prisão da falta de capacitação profissional.

- Se der apenas comida criará uma multidão de apáticos, facilmente manipuláveis e dependentes do governo até o final de suas vidas. Isso não será bom nem para eles nem para o Brasil - destacou Iris.

A senadora referiu-se ao Programa de Apoio às Famílias que ajudou a executar, em Goiás, na gestão do então governador Maguito Vilela. Ela afirmou que, a princípio, foram cadastradas 147 famílias e, ao final do governo, 62 mil haviam se desligado por iniciativa própria, dizendo: -obrigado, não preciso mais porque já consegui emprego e posso cuidar sozinho de minha família-.

Para Iris, iniciativas como cursos de capacitação profissional e aproveitamento dos alimentos, regularização de documentos, hortas comunitárias que davam sementes e ensinavam a plantar, creches para que mães pudessem trabalhar com garantia de segurança a seus filhos e exigência de freqüência escolar e caderneta de vacinação das crianças foram alguns dos programas do governo que resultaram em cidadania para milhares de famílias.

A senadora por Goiás disse que o Fome Zero precisa passar, rapidamente, de um programa emergencial para outro mais abrangente, que estimule a independência das pessoas e a conquista de direitos plenos da cidadania.

Ela disse que considera adequado que as doações aos carentes precisem de comprovação, uma vez que se trata de uso de dinheiro público. E observou que associações, empresas e a sociedade em geral estão prontos para participar do Fome Zero. Tudo que falta, na sua opinião, é o chamado do governo para um esforço múltiplo e abrangente, começando por um grande e eficiente programa de capacitação profissional.

Em aparte, o senador Almeida Lima (PDT-SE) contestou a afirmação do ministro de Segurança Alimentar e do Combate à Fome, José Graziano, de que não tinha tido tempo de preparar o programa Fome Zero e estava mudando de roupa enquanto andava. -Não é verdade, o PT teve 23 anos para conhecer o país e se preparar para ser governo, e já devia ter elaborado medidas concretas para os maiores problemas do Brasil, como é o a fome-, disse.



28/03/2003

Agência Senado


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