José Agripino destaca cobertura do julgamento do mensalão pela imprensa internacional
O senador José Agripino (DEM-RN) declarou, em pronunciamento em Plenário nesta quarta-feira (22), que o julgamento do mensalão põe o Brasil em xeque no cenário internacional, e destacou a cobertura “dura, mas verdadeira” que importantes órgãos de imprensa internacional têm dedicado ao tema. O parlamentar espera que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) “produzam aquilo que deva ser justo”.
- O Brasil está, neste momento, sendo passado a limpo para os brasileiros e para o mundo. Se queremos ser uma economia respeitada, uma sociedade respeitada e justa, estamos num ponto de inflexão. Nós temos, neste momento, que dar o exemplo para dentro e para fora, e cabe a nós, políticos de responsabilidade, dar o grito de alerta – afirmou, referindo-se ao julgamento dos 38 réus do escândalo do mensalão, em julgamento pelo STF.
José Agripino deu exemplos da repercussão do mensalão citando manchetes e trechos de matérias dos jornais El País (Espanha), Le Monde (França), The Guardian (Reino Unido), Washington Post (Estados Unidos) e La Nación (Argentina), da revista The Economist (Reino Unido), das emissoras de televisão CBS, CNN e Bloomberg (Estados Unidos) e BBC (Reino Unido).
Conforme a avaliação do senador, a imprensa internacional destacou a cultura de corrupção que permeia a política brasileira e, caso o STF decida pela condenação, os efeitos negativos na imagem do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em cujo mandato se deu o escândalo.
- Sempre Lula, sempre referem-se a Lula. É o mensalão do PT de Lula. Em jogo está também a imagem do presidente Lula, não feita por nós, pela imprensa internacional. O pensamento da impunidade para os poderosos [também] está presente, de uma forma ou de outra – destacou, lamentando o nivelamento por baixo da classe política.
Transparência
José Agripino ainda apoiou a transmissão integral, ao vivo, das sessões do STF, lamentando que “gente consciente e importante” pense que isso possa inibir ou constranger os ministros.
- Transparência é pré-requisito de democracia madura. O direito à opinião, mesmo vigiada, é um preceito democrático pelo qual devemos zelar – afirmou.
22/08/2012
Agência Senado
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