Lúcia Vânia quer informações do governo brasileiro sobre crise na Parmalat
A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) informou nesta quarta-feira (21) ter apresentado requerimento de informações aos ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, do Trabalho, Jaques Wagner, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, para conhecer as providências tomadas pelo governo brasileiro com relação à falência da empresa Parmalat, na Itália, e as possíveis conseqüências do fato para o Brasil.
A parlamentar afirmou que os diretores da empresa, em reunião na Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), informaram não haver ainda solução para saldar a dívida com os produtores de Goiás, que já soma R$ 6 milhões. Ela assinalou que a dívida gera um "efeito dominó", com conseqüências também para o comércio e a indústria.
A representante goiana destacou que o assunto foi a principal reportagem do diário goiano O Popular e foi também anteriormente destacado em Plenário pelos senadores Maguito Vilela (PMDB-GO), que pediu medidas corajosas do governo; Sérgio Zambiasi (PTB-RS), que alertou para o desemprego no Rio Grande do Sul; e Romeu Tuma (PFL-SP), que prometeu interceder junto à Polícia Federal para atuar nas investigações.
Lúcia Vânia acrescentou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as transferências de dinheiro ao exterior por meio de contas CC-5 do Banestado, presidida pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), irá também investigar a crise da Parmalat. Ela defendeu ainda que as Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) discutam o problema.
De acordo com a senadora, a liberação de R$ 200 milhões, pelo governo, para financiar a estocagem do leite excedente, não irá resolver o problema, na opinião dos produtores. Ela informou que a Faeg e o Sindicato das Indústrias de Laticínios de Goiás pediram a liberação de R$ 500 milhões para estocagem, além da aquisição de 30 mil toneladas de leite em pó e ampliação da compra direta da agricultura familiar.
21/01/2004
Agência Senado
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