Sarney e Jimmy Carter discutem transparência no serviço público



Prêmio Nobel em 2002 por sua ação em defesa da paz, da democracia e dos direitos humanos, o ex-presidente americano Jimmy Carter se encontrou, na noite de segunda-feira (04), com o presidente do Senado, José Sarney, em jantar na embaixada americana. Defensor mundial do direito de acesso a informações públicas, Carter está no Brasil para pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o país se comprometa com o exercício dessa prerrogativa.

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Pouco antes de ir jantar com Carter na embaixada dos Estados Unidos, Sarney deu seu testemunho sobre o papel pacifista desempenhado há décadas pelo ex-presidente americano: "Carter deu uma grande contribuição à história da humanidade com sua permanente dedicação à luta em defesa dos direitos humanos. Ele foi pioneiro e intransigente nessa luta", ressaltou.

Carter chega ao Brasil no momento em que o governo anuncia o envio ao Legislativo de um projeto de lei sobre o tema. Conforme o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, o maior desafio de um projeto de transparência nas informações públicas é fazer com que Legislativo e Judiciário também adotem mecanismos para garantir esse acesso.

No Brasil, Carter encerra giro feito por países latino-americanos em defesa da visibilidade dessas informações. Presidente do Carter Center - organização sem fins lucrativos fundada em 1982 - , ele acaba de reunir, no Peru, 115 pessoas de 18 países para discutir a promoção do direito de acesso à informação no continente americano.

O resultado da conferência foi a constatação da fragilidade desse direito em grande parte da região. Muitos países não têm legislação específica sobre o assunto, enquanto outros já conseguiram aprovar lei regulamentando o tema, mas ainda não a puseram em prática. Estados Unidos, Canadá e México são vistos como países de legislação mais avançada nessa área.

Com Lula e demais líderes com quem se encontrará no Brasil, Carter deve discutir também a democracia na América Latina, a crise financeira internacional e a escassez de energia. O ex-presidente norte-americano deve ainda aproveitar a visita para avaliar os projetos que sua fundação conduz no Brasil.

Teresa Cardoso / Agência Senado



04/05/2009

Agência Senado


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